Como é feito o projeto elétrico de uma residência?

Para se ter uma casa com boa iluminação, onde o projeto elétrico funcione bem, todos os chuveiros elétricos podem ser ligados ao mesmo tempo sem que haja uma pane e a energia pare de funcionar.

Ou ainda onde haja abundância em tomadas – para se evitar as tão frequentes gambiarras com extensões, sua casa precisa de uma única coisa: um projeto elétrico residencial bem feito, elaborado por um profissional habilitado e que contemple todas as demandas da casa.

O projeto elétrico de uma casa consiste em um mapa, uma planta de todos os detalhes que envolvem a energia elétrica da casa, como: pontos de uso de energia (tomadas), trajeto da fiação, como os circuitos da residência serão distribuídos, além de especificar a carga de cada um dos circuitos e a carga de toda a energia da casa.

Nele, também se planejam os pontos de iluminação da casa, as especificações de cada material que será utilizado, bem como a quantidade demandada de cada item, como:

  • Eletrodutos;
  • Disjuntores
  • Fios e cabos
  • Hastes de aterramento
  • Quadros de distribuição

Quem é o responsável pelo projeto elétrico

O profissional responsável pelo projeto elétrico residencial completo é, a princípio, o engenheiro eletricista que esteja devidamente credenciado a um conselho regional de engenharia.

Além dele, podem também atuar com esta função engenheiros civis e arquitetos, desde que tenham autorização do conselho para tal, já que possuem, legalmente, esta atribuição.

É importante que o projeto seja desenvolvido por eles para que se observe as normas vigentes, a dimensão correta de cada um dos itens, adaptados às necessidades dos clientes, a praticidade, já que o sistema vai demandar uma manutenção periódica, além da redução de custos, já que os mesmos observam a lista detalhada de materiais para evitar o desperdício.

No âmbito das normas que estes profissionais devem seguir, temos a NBR 5410, do ano de 2014, que estabelece todas as regras para instalação e manutenção de qualquer tipo de sistema elétrico, sobretudo os residenciais.

O foco desta normativa é garantir que as pessoas estejam o mais seguras possível, bem como o seu patrimônio, para que garanta-se uma eficiência energética no local, mas, ao mesmo tempo, haja segurança, sem risco de curtos circuitos ou descargas elétricas que coloquem em risco a vida de quem está por perto.

Como é feito o projeto elétrico de uma residência

O primeiro passo para se fazer um projeto elétrico é calcular a área e ter todas as medidas da planta do local que vai receber o sistema – paredes, teto, piso, área a ser iluminada, área aberta, etc.

É imprescindível que as dimensões sejam especificadas para que haja exatidão na prescrição e cada tipo de material ou equipamento a ser utilizado em determinado cômodo ou espaço.

A partir disto será possível, por exemplo, estabelecer o projeto de carga e potência que será colocado no local, a partir das normas técnicas.

Em seguida, é possível fazer um mapa de todas as tomadas que serão instaladas – distinguindo as de utilização comum das de uso específico (para chuveiros, aparelhos de ar condicionado, máquinas de lavar ou outros equipamentos que demandam uma maior potência).

Há uma conta que pode ajudar na hora de se definir a quantidade de tomadas de cada um dos tipos a serem colocadas nos cômodos.

De forma geral, utiliza-se, em média, uma tomada de 100VA a cada cinco metros. Ainda que a área seja menor do que cinco metros quadrados, é necessário prever ao menos uma tomada, como a mesma potência.

Quando se trata de cozinha, é preciso diminuir o intervalo, para 3,5 metros, sendo 600VA para três das tomadas e a potência padrão, de 100VA para as que seguem na sequência. Isso é necessário para que todos os equipamentos possam funcionar bem e ao mesmo tempo.

Em relação ao banheiro, é necessário planejar uma tomada de ao menos 600VA na área de lavatório. Para outras áreas que são de circulação, como garagem, escadas ou varandas, deve-se prever no mínimo uma tomada, de potência comum, de 100VA.

Para aparelhos de ar condicionado e outros equipamentos que podem exigir até 4400 Watts, é necessário utilizar tomadas de uso específico. Um cabo de aterramento também pode ser necessário.

Feito este mapeamento, o engenheiro eletricista irá definir a carga eletrica da cada um dos cômodos e espaços para definir a potência total da residência, bem como a divisão dos circuitos, para que haja eficiência e, em nenhum momento, o sistema esteja sobrecarregado.

A partir deste estabelecimento, o responsável pelo projeto listará os materiais necessários, como um conduíte corrugado, por exemplo, o orçamento e elabora um plano de execução para que o projeto elétrico seja implantado no local.